Inverno em São Paulo. Garoa e frio cortantes. Anamara era
viúva. O termômetro marcava cinco graus centígrados. O calor não dava trégua
entre suas coxas. Anamara suspirava e sonhava com um homem que a
fizesse de gato e sapato.
A previsão do tempo anunciava a madrugada mais gelada do ano. Decidiu fazer uma sopa. Correu comprar os ingredientes. Encantou-se com as cenouras, mandiocas, berinjelas e abobrinhas. Escolheu um vinho para acompanhar.
Na esquina, o Joca tremia. O cobertor do adolescente era precário. O frio das ruas, feroz. Anamara o convidou para subir. Deu-lhe banho, roupas novas, alimento e, por fim, pediu que a amasse.
A previsão do tempo anunciava a madrugada mais gelada do ano. Decidiu fazer uma sopa. Correu comprar os ingredientes. Encantou-se com as cenouras, mandiocas, berinjelas e abobrinhas. Escolheu um vinho para acompanhar.
Na esquina, o Joca tremia. O cobertor do adolescente era precário. O frio das ruas, feroz. Anamara o convidou para subir. Deu-lhe banho, roupas novas, alimento e, por fim, pediu que a amasse.
Despertou, não se sabe a que horas, com a sensação de que
sua carne se transformava em brasa. Era
o Joca, que despejava uma panela de água fervente sobre ela. Antes de dar no
pinote, o adolescente levou o que pode: celular, DVD, dinheiro,
algumas joias. Correu dali, na fissura.
Os termômetros marcavam dois graus na Avenida Paulista.
Por: Voltaire de Abreu
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