Uma vez por semana, eu fodo uma dona. É bom e ela faz tudo
que eu gosto. A começar por definir um dia certo para estarmos juntos. Só não
encaro de segunda-feira. Tenho sono. Mas, como eu dizia, a mulher é boa. Do
tipo que faz você quase esquecer. Ela tem marido. Um grosso, conta. Sempre evitei ouvir. Cada um com seus problemas.
Já me envolvi com solteiras, viúvas, noivas, casadas, eternas namoradas,
concubinas. Sem erro. Já saí com uma que tinha namoradinho novo e arrumei um
papagaio deste tamanho para a cabeça.
Quem nunca?
Corto o cabelo no baiano em frente ao puteiro. Sempre no mesmo lugar. Gosto da rotina. Esta cidade tá cada vez pior e levo um tempão para chegar. Senti mais falta dela que o habitual. Ela gosta de se esparramar em cima de mim. Ela pede pra eu sorrir, diz que gosta de ver. Não é todo dia que estou a fim de mostrar os dentes. Ela fala coisas em meu ouvido. Eu mostro. Ela pede para ser castigada com o cinto. Obedeço.
Como porcaria. Vejo porcaria. Leio porcaria. Minha barriga cresce. Ela fala do marido. Não quero ouvir. Ouço. Vou pedir a separação, diz. Fico quieto. Volto para a casa a pé. De madrugada, a cidade não parece tão ruim. Uma vez por semana, fodo essa dona que tem devoção por mim. Eu gosto.
- Vou largar meu marido
- Isso!
- Você tem medo?
- Não.
- Não é por causa de você, tá? Fica tranquilo.
- Tá bom.
- Já estava tudo muito ruim...
- Certo.
- Ele é um grosso...
- Certo.
- Quero ver seu sorriso...vem...
- Isso!
- Você tem medo?
- Não.
- Não é por causa de você, tá? Fica tranquilo.
- Tá bom.
- Já estava tudo muito ruim...
- Certo.
- Ele é um grosso...
- Certo.
- Quero ver seu sorriso...vem...
Vou.
Ouço um barulho no quarto. Uma merda de parede falsa, igual naqueles filmes ruins. Um sujeitinho aparece. É o tal marido. Nua, ela se aproxima e o abraça. Olham para mim. Não me mexo.
- Esse é meu marido. Ele não me bate, só me trata bem, mas
gosta de me saber de outro. Eu ia te contar, desculpe.
Consigo me mexer. Vou embora e mando os dois pra puta que o pariu. Uma semana depois, estou de volta. Doente, maluco, dependente. A dona é compreensiva, mas caprichosa:
Consigo me mexer. Vou embora e mando os dois pra puta que o pariu. Uma semana depois, estou de volta. Doente, maluco, dependente. A dona é compreensiva, mas caprichosa:
- Volto a te ver, mas meu marido tem que saber de
tudo, ouviu? De tudo!
Aceito. Meu Deus, poderia amar essa mulher para sempre.
Por: Guinea Pig
Em Piedade acontece mto isso. Hahahaha
ResponderExcluirexiste mesmo... pessoas mau caráter e pessoas burras... tá ai, a mulher e o marido respectivamente...
ResponderExcluirTem gente que devia parar de cuidar da vida alheia e se enxergar.
ResponderExcluira partir do momento que a pessoa torna público suas atitudes, dá o direito de falarem o que quiserem.
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