Madrugada alta. Sexta-feira 13. Acordou com o barulho de vozes. Ao lado, a mulher roncava. Levantou e foi à janela. Coçou os olhos, beliscou-se. Estava sonhando? Na rua, uma procissão entoava cânticos e empunhava velas. Piscou e não havia nada senão o ar cortante da madrugada. Em algum lugar uma coruja grasnou, lúgubre.
No outro dia mencionou o ocorrido. A esposa riu. Ele se enfezou. Ele saiu de casa. Ele só voltou à noitinha. Custou a pegar no sono. Lá pelas tantas, acordou com duas batidas na janela. A procissão cantava. Ele vem vindo por detrás da bananeira, ele vem vindo por detrás da bananeira...Gritou para a esposa, apavorado. Venha ver, já que duvida!!! Ela acordou. Não viu nada. Um cão da rua soltou seu uivo doloroso.
No outro dia mencionou o ocorrido. A esposa riu. Ele se enfezou. Ele saiu de casa. Ele só voltou à noitinha. Custou a pegar no sono. Lá pelas tantas, acordou com duas batidas na janela. A procissão cantava. Ele vem vindo por detrás da bananeira, ele vem vindo por detrás da bananeira...Gritou para a esposa, apavorado. Venha ver, já que duvida!!! Ela acordou. Não viu nada. Um cão da rua soltou seu uivo doloroso.
Na noite seguinte, a procissão voltou. E na outra, e na outra e na outra. Ele já não dormia. Definhou em vida. Começou a duvidar de sua sanidade. Fez exames que não deram em nada. Tomou remédios que não fizeram efeito. Passou a falar sozinho, parou de tomar banho, parou de comer, começou a babar, temia pela noite. Morreu, falando da tal procissão.
Três dias depois do funeral, a viúva acordou com batidas sutis na janela do quarto. Levantou sonada, ainda imaginando que dormia. O choque a despertou. A procissão, bem embaixo de seu nariz. E havia aquela música: Deu meia noite, a lua se escondeu, lá, na encruzilhada, dando a sua gargalhada...
Três dias depois do funeral, a viúva acordou com batidas sutis na janela do quarto. Levantou sonada, ainda imaginando que dormia. O choque a despertou. A procissão, bem embaixo de seu nariz. E havia aquela música: Deu meia noite, a lua se escondeu, lá, na encruzilhada, dando a sua gargalhada...
No fim da fila, o marido, ainda trajando o terno com o qual fora enterrado, acenava e mandava beijos. A esposa incrédula caiu dura. Na noite seguinte, juntaria-se a eles.
Por: Guinea Pig
Vai todo mundo tomah no cuuuuu!!!!
ResponderExcluirPeço licensa para ameaçar, vossa mercê, caso volte a postar comentarios torpes e de baixo calão, tomarei a liberdade de colocar meus empregados a sua espreita, com ordens de me trazer seus rins. Seu cabrunco!
ResponderExcluirCoronel Malaquias
Boa, Coronel. Mas, antes, deixa o furico do caboclo pra mim...
ResponderExcluirA flor de couro de couro do cabrunco e tua Jurandi, fiel jagunço. Usufrua.
ResponderExcluirCoronel Malaquias